quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Se eu fosse...



Se eu fosse um palhaço, alegrava todas as crianças do mundo com o meu sorriso.
Se eu fosse um peixe, navegava profundamente nas águas límpidas do oceano.
Se eu fosse um avião, cortava as nuvens gélidas no céu, deixando-as em forma de animais.
Se eu fosse uma gaivota, esvoaçava todas as manhãs para sentir a breve brisa.
Se eu fosse uma árvore, seria um sobreiro para que ninguém me cortasse.
Se eu fosse uma rosa, não deixava que me vendessem a infiéis.
Se eu fosse um livro, nenhuma palavra ofensiva constaria dentro de mim.
Se eu fosse um cientista, descobriria a cura para a preguiça.
Se eu fosse uma carta, seria uma de amor para derreter os corações alheios.
Se eu fosse um leão, desbravaria as savanas africanas para contemplar toda a paisagem.
Se eu fosse uma galinha, gostaria de pôr ovos de chocolate.
Se eu fosse um pijama, seria bem fofinho para que ninguém me quisesse despir.
Se eu fosse um astronauta, maravilhava-me com o infinito espaço.
Se eu fosse um ladrão, roubava-te o coração.
Se eu fosse um castelo, resguardaria as princesas mais ternas.
Se eu fosse um astrónomo, encontrava uma estrela só para lhe dar o teu nome.
Se eu fosse um poema, seria da autoria do grandioso Fernando Pessoa para que todos me adorassem.
Se eu fosse um carro, não sairia da garagem para não poluir o ambiente.
Se eu fosse umas cuecas, mudava de vida.
Se eu fosse tu, nunca me largaria!






segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O fim?


Aos vinte e um dias obrigatórios já obedeci.
E afirmo que com esta experiência cresci!
Claro que nem em todos os dias tive vontade.
Mas descobri que a criatividade não tem idade!

Todas as manhãs acordei mais bem disposta,
Como quando observava o mar consumir a costa.
Matei saudades do que um dia tanto gostei de fazer,
Obviamente, refiro-me ao privilégio de escrever!

Em alguns momentos senti mais dificuldade.
No entanto, mantive sempre a minha fidelidade.
Sempre que pude dei asas à imaginação,
Embora, por vezes, fosse escassa a inspiração.

Não julguem que tudo isto é a derradeira despedida,
Não encaro isto como um castigo do qual fui absolvida.
Vou continuar a redigir no blog contentamente.
Porém, talvez seja mais esporadicamente...

Por isso não se questionem se isto é o fim.
É apenas o começo, como a viagem do Aladim.
Na Católica achamos que temos cadeiras chatas.
Mas quando percepcionamos o seu valor, ficamos gratas!

Foi assim que encarei esta unidade curricular.
Se um curso de Bioengenharia estou a frequentar,
Para que é que queria aprender as técnicas de comunicar?
Agora vejo que, na verdade, voltei a poder acreditar!









domingo, 12 de janeiro de 2014

Perdoa-me...



 Boa noite, hoje o meu texto vai ser mais triste que o normal. Discuti com a minha mãe e, apesar de ser orgulhosa de mais para lhe entregar esta "carta" pessoalmente, decidi desabafar para o papel tudo o que sinto. Embora saiba que, muito provavelmente, ela não vai ter hipótese de a ler... 
Aqui vai:


Já te pedi desculpa uma vez, duas, três… mas pedir perdão nunca é demais quando se trata de ti, mãe.
            Desde pequena que te vejo com mil e uma facetas. Ora és austera, teimosa, como simpática e cheia de humor. És crítica, bastante. E, na maior parte das vezes, nunca admites quando erras. És orgulhosa (herdei isso de ti…). És inteligente, muito até, porém ficas em muitas ocasiões sem saber como reagir. Apanho-te de surpresa, desprevenida (infelizmente, pelos piores motivos) e faço-te agir de "cabeça quente".
            Por várias vezes dei-te razões para ficares desiludida, magoada e até frustrada comigo. Fizeste questão de salientar isso de cada vez que cometi um erro. Ontem não fugi à regra… mais uma vez vi a tua cara de decepção. Sei que não sou perfeita na escola, perfeito no desporto, ou perfeita como pessoa. No entanto, consigo ter bons resultados em todas essas áreas e esforço-me por me destacar. Sei que nunca é suficiente para ti, exiges sempre mais e melhor, mas se nunca desisti de nada, é por ti mãe. Apesar de tudo, custa sempre ver essa tua cara de desilusão...
            "Mentir é feio", sempre ouvi desde miúda. E pelos vistos ainda não aprendi a lição já quase com 19 anos de idade, desculpa. Sei que mereço o teu castigo, no entanto parte de mim sente-se sempre injustiçada.
            Mesmo estando magoada contigo, acredita que te adoro. Sempre.















sábado, 11 de janeiro de 2014

Tempo de mudança



         As sondagens dizem que vencemos.
         Mantenho-me calma com este pensamento. As mesas de voto encerraram há duas horas e os resultados começavam agora a ser divulgados.
         A expectativa é grande e dou por mim a reviver todo o percurso que me levou a este momento.

***

Como todos os portugueses estava decepcionada com a governação do país. Sucessivos escândalos políticos, casos de corrupção e má política financeira tinham contribuído para o estado de crise, económica e social, profunda  que o país atravessava. As medidas necessárias não eram tomadas e o congelamento de pensões e cortes salariais, recaíam todos sobre os trabalhadores do estado, que assim perdiam muitos dos direitos que haviam conquistado.
         Estava na altura de mudar. Depois tudo aconteceu muito rápido. Num momento afiliava-me a um partido e expunha os meus ideais, no outro candidatava-me a primeira-ministra de Portugal. Estava perto de conseguir mudar o rumo da história.
         Estabeleci medidas prioritárias para o meu executivo, tais como a revisão do código penal assim como a revisão das políticas económicas vigentes.
O plano estratégico que delineara gerou consenso entre a população em geral e recebi grandes manifestações de apoio das mais diversas figuras. Foi então que percebi que era possível vencer as eleições.

***

Chegaram os resultados!! Ganhámos!! Maioria absoluta!!” alguém grita, arrastando-me de volta à realidade. A euforia apodera-se do salão, com gente aos berros, a chorar e a rir. Dão-se abraços e apertos de mão. Tudo acontecia ao mesmo tempo, enquanto eu tentava assimilar as novidades.
Fui eleita. Sou oficialmente a primeira-ministra de Portugal. O povo português deu-me o seu voto de confiança, não lhes posso falhar. É tempo de pôr mãos à obra, é tempo de mudança.